quarta-feira, 7 de novembro de 2012

CABO-VERDE: QUE MODELO E FASE DE JORNALISMO ONLINE?


De acordo com os modelos e as fases de jornalismo online apresentados por Cabrera Gonzalez, os jornais online em Cabo Verde enquadram-se na segunda e terceira fase, que correspondem ao modelo adaptado, visto que verifica - se os mesmos conteúdos da versão impressa, salvo algumas hiperligações. Também nota-se, um layout apropriado para o meio online, com a presença de hipertexto e alguma interactividade ou seja, estamos, neste caso, perante o modelo digital.
Cabrera foi muito criticado por João Canavilhas por levar em conta somente a transposição da versão impressa, isto é, Cabrera não considerou a possibilidade dos outros entrarem para o ambiente da internet.
Fonte: Closet online
João Canavilhas propõe duas fases do jornalismo na internet: primeira o jornalismo online que não passa de uma mera transposição dos meios antigos para o novo meio e a segunda fase tem a ver com um verdadeiro Webjornalismo. Esta forma de fazer jornalismo que apropria-se de todos os recursos que a Web disponibiliza. Usando por isso uma linguagem própria desse novo meio (sons, imagens, vídeos, infografias, entre outras).
Segundo Canavilhas o jornalismo na internet praticado em Cabo-Verde encaixa -se na primeira fase que é o Jornalismo Online, ou seja, os nossos jornais em formato digital (A Semana, A Nação, Expresso das Ilhas e Liberal) conservam as características do impresso, embora acrescentam algumas inovações em relação aos jornais impressos, como por exemplo hipertexto, actualizações constantes e a possibilidade de interactividade através dos comentários e das cartas ao autor.
 



 

sábado, 3 de novembro de 2012

A CAMINHO DO WEB JORNALISMO



Fonte: Blogue da Oficina Do Web Jornalismo
O jornalismo no ambiente digtal em Cabo-Verde está timidamente a apropriar dos recursos que a internet lhe dispõe. Nota-se que estamos na construção dessa nova forma de trabalhar a informação.
Razões várias dificultam a não existência daquilo que se chama Web jornalismo. Uma delas é a não especialização dos profissionais para o ambiente online, o que faz daquele tipo de jornalismo uma mera cópia do impresso para a internet, pois não há hiperligações, não há fotojornalismo online e nem vídeo documentários online, ou seja falta comungar os meios.

Falhas na prática

A velocidade é uma característica da internet pouco aproveitada uma vez que não há uma permanente actualização das notícias.
A capacidade de armazenamento é outra característica pouco explorada pois não se regista hiperligações que nos levam ao arquivo do jornal, que tornaria mais eficiente a aderência do internauta aos conteúdos relacionados que lhe interessa.

Infoexclusão como desafio a combater

Em Cabo-Verde além desses desafios a combater há ainda o problema da infoexclusão. Somente 30% da população tem acesso à internet. Talvez por isso ainda não há a preocupação para a consulta com registo.
O leitor não tem a possibilidade de interagir sobre a forma e o conteúdo que quer consumir. Muitas vezes é confrontado com um enorme texto sem hiperligações, o que obriga a uma leitura linear, ou a saída do site.

Alguns avanços

O layout adequa-se ao meio online, isto é, existe uma linha editorial (cada coluna debruça sobre um tema específico).
A interactividade verifica-se em alguns jornais online com recursos a comentários, à troca de mensagens directamente com o autor, mesmo assim os websites no arquipélago ainda têm um caminho a percorrer, tendo em vista a melhoria da qualidade dos conteúdos apresentados.
Em modo de conclusão, verifica-se que o jornalismo cabo-verdiano feito no novo meio que é a rede internet, está no caminho do Web jornalismo. O que temos agora é um jornalismo online, pois temos ainda falhas que devem ser superadas, mas a tendência é de melhorar a cada dia até atingir a meta que é o Web jornalismo.