sábado, 30 de junho de 2012

IDOSA RECEIA VINDA DAS CHUVAS

No início mês Julho os lavradores e agricultores, já com sementes lançadas, esperam com muito optimismo a vinda das chuvas, uma vez que os meses Agosto, Setembro e Outubro formam um período único de chuvas em Cabo-verde.

Joana Almeida, de 68 anos, não vê a vinda das chuvas com muito optimismo, uma vez que a sua queda traz muita preocupação e inquietação. É que com o decorrer dos dias a casa onde vive sozinha não tem mínimas condições de habitabilidade e ameaça desabar.
O presidente da associação dos moradores da zona que afirma já Almeida em várias acções de apoio para financiar a reabilitação da sua casa, entre elas no programa “ casa para todos”, mas que está á espera de respostas e possíveis soluções para o problema. Enquanto isso, Joana Almeida, espera ansiosamente por uma habitação mais digna.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

COMÉRCIO DE FERRO VELHO DIMINUI POLUIÇÃO AMBIENTAL

Muitas são as pessoas que estão a procurar ferros usados para revender a fim de ganhar sustento. Em Achada Grande Trás muitas crianças e jovens andam pelas ruas a recolher pedaços de ferro para vender nos ditos ferros-velhos. "Isto é uma miséria, pois um kilograma custa dez escudos, mas é melhor do que nada", afirma Samuel Lopes, um jovem que ocupa a tarde recolhendo ferro-velho.
Se por um lado esta recolha é vista como uma miséria, por outro, a natureza e o ambiente agradecem pois o solo torna-se mais fértil e mais saudável. No meio de uma zona em construção, talvez apareça quem se preoucupe com o ambiente e tirar partido da situação para plantar árvores e tentar dar um ar mais saudável da comunidade.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

GALERIA DE FOTOS



Jovens ocupam tarde com futebol

Rua principal de Marrocus

DESIGUALDADE SOCIAL NOTÓRIA EM ACHADA GRANDE TRÁS

A habitação é uma das necessidades básicas de qualquer ser humano. Em achada Grande Trás, as habitações se diferenciam. É que o bairro novo que ali nasce está a dar mais brilho à localidade.
Algumas pessoas vivem em barracas e sem as minímas condições de habitabilidade, enquanto outras ostentam condições satisfatórias da mesma.
A acção de solidariedade entre vizinhos ajudou a acabar com uma barraca que ali se encontrava, melhorando assim a condição de vida da família em causa, minimizando assim a desigualdade social.
 

sexta-feira, 22 de junho de 2012

CAMPANHA AUTÁRQUICA ''SUJA'' RELACIONAMENTOS

As campanhas arrancaram e junto com elas também uma divisão na sociedade. Cabo Verde é um país jovem na Democracia sustentando uma sociedade bipartidária, ou seja, praticamente metade dela defende os interesses de PAICV e a outra metade do MpD.

Rua principal de Marrocus
Por isso, nestas épocas há sempre este obstáculo político que impede um normal relacionamento entre vizinhos

quinta-feira, 21 de junho de 2012

HOSNI MUBARAK CONDENADO A PRISÃO PERPÉTUA


O ex-presidente do Egipto, Hosni Mubarak foi condenado no passado dia 2 de Junho, à prisão perpétua. O antigo ditator foi considerado culpado pelo envolvimento na morte de 850 manifestantes, no ano passado.
Hosni Mubarak, governou o Egipto durante 30 anos em ditadura, e o seu ministro do Interior Habib al-Adly foram condenados a prisão perpétua por envolvimento nas mortes de centenas de manifestantes nos protestos do ano passado, mas seis antigos comandantes da polícia foram absolvidos.
Para a Amnistia Internacional, a sentença de Mubarak "é um significativo passo em frente na luta contra uma impunidade de longa data no Egipto", mas a absolvição dos chefes da segurança "deixa muita gente à espera de uma justiça total".
"Muitos vêm a absolvição de todos os grandes dirigentes da segurança como um sinal de que os responsáveis pelas violações dos direitos humanos ainda conseguem escapar à justiça", disse a organização em comunicado.
Na sentença, o tribunal deixou cair a acusação sobre os dois filhos do antigo ditador, Alaa e Gamal Mubarak, que eram acusados de corrupção. Segundo o juiz, os crimes de que eram acusados os filhos de Mubarak já prescreveram.

“DJUNTA-MÓ” NA CONSTRUÇÃO DE HABITAÇÃO PARA FAMÍLIA CARENCIADA


Maria Fernandes é mais uma beneficiada com a acção de solidariedade dos vizinhos para realizar o sonho de ter uma casa própria. 

Habitação em construção
Ela e os seus 4 filhos, sendo um deles com problemas mentais, moravam até um mês atrás numa barraca sem as mínimas condições de habitabilidade.
Celestino Duarte, um dos novos moradores da localidade, é o mentor do projecto mas afirmava ser impossível levá-lo adiante sem ajuda. Por isso, Paulo Neves e Luís Miranda, encarregados de obras, assim como outros profissionais do bairro e instituições abraçaram a ideia e envolveram com as ajudas de materiais.
Com projecto arquitectónico e autorização de construção cedido gratuitamente pela Câmara Municipal da Praia, arrancaram a obra e tencionam concluir, nesta primeira fase, 40% do rés-do-chão a fim de recolocar a família beneficiária na sua própria habitação, já que contam agora com o agasalho de uma vizinha que cedeu uma garagem.

EDITORIAL

O jornalismo cabo-verdiano tem sido alvo de críticas ao longo do tempo. A história do jornalismo não é tão antiga quanto a do país, por isso este labor está em fase de desenvolvimento, uma vez que hoje já não temos somente um jornalismo generalista mas há uma tendência para um jornalismo especializado.
E é esta tendência que também me motivou a criar este blog retratando um jornalismo comunitário. Tem também a preocupação de retratar temas da zona industrial de Achada Grande Trás, periférico da cidade da Praia.
Com este blog pretendo dar a conhecer a comunidade ao internauta, relaçando os problemas, os anseios, e as aspirações das gentes deste bairro. O blog também possui um atelier de livre criação.

A ENTREVISTA


Paralisia infantil e suas consequências

O caso de Euclides Monteiro

Euclides Monteiro é estudante universitário que aponta o preconceito como a sua principal dificuldade. Apesar do preconceito, ele luta diariamente contra tudo e todos para alcançar o sonho de ser arquitecto.

“...Há pessoas que me dão por incapaz...”

1. Páginas di Praia: Quando sofreste esta doença?
Euclides: Aos oito meses de idade.

2. Páginas di Praia: Como foi conviver com os seus colegas na infância? Euclides: Foi normal. Eu cresci numa família e numa comunidade humilde, portanto os pais dos meus colegas sempre pautaram pela igualdade entre nós.

3. Páginas di Praia: E agora, como as pessoas reagem ao olhar para si?
Euclides: A reacção depende de pessoa para pessoa. Existem aquelas que se acham de alto nível, me dão por incapaz. Para mim isso é ignorância, são pessoas com mentes fechadas e sem grandes conhecimentos, mas há outros que são muito mais simpáticos comigo.

4. Páginas di Praia: Reacções daquele género pressupõem discriminações?
Euclides: Sim! Principalmente agora que estou a estudar, muitas pessoas dizem-me para quê estudar

5. Páginas di Praia: Como está sendo a sua locomoção, visto que a sua Universidade Jean Piaget fica um bocadinho afastada da cidade?
Euclides: É um desafio cansativo, mas espero vencer.

6. Páginas di Praia: E dentro de universidade é fácil deslocar?
Euclides: Não há obstáculos para mim, é normal.

7. Páginas di Praia: Porquê que não usa cadeiras de rodas?
Euclides: Eu sempre sonhei ter uma cadeira de rodas na infância, mas não consegui e tive de me adaptar a me locomover sentado. Depois um dia consegui, mas a cadeira revelou-me aspectos não só positivos. No autocarro lotado fica-me muito difícil entrar e acomodar lá dentro; também como não tenho pessoas sempre ao meu lado e se aparecer uma boleia fica-me complicado.

...já sofri vários tipos de discriminação, principalmente agora que estou a estudar...

8.Páginas di Praia: Como é a sua deslocação quando chove? 
Euclides: (risos) Quando chove uso a cadeira, ou espero o chão secar. E assim os dias vão passando até terminar a minha formação que tanto desejei.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

ALUNOS DO ENSINO SECUNDÁRIO EM PGI

Escola Secundária Achada Grande Frente
Arrancou esta segunda-feira, 18 de Junho as provas gerais internas em todas as escolas secundárias públicas do país.
Os alunos mostram-se apreensivos perante estes dias pois afirmam que é o período mais cansativo porque exige mais esforço e dedicação. Há dias em que eles têm dois testes.
As provas terminarão no dia 23 de Junho mas é de realçar ainda que os alunos de 7º e 12º anos já terminaram as provas.

RELAÇÃO ACTUAL HOMEM-TEMPO

O mundo contemporâneo tem se tornado num "palco" onde tudo faz-se às pressas. Quase não há tempo para visitar os amigos, os doentes, os reclusos e até mesmo os nossos familiares um bocadinho distantes de nós.
Sai-se da casa de manhã e só volta-se á noite, e isso implica que haja uma falta de diálogo entre pais e filhos e consequentemente uma sociedade onde todos se conhecem e todos se desconhecem. É tudo agendado e não há tempo para esperar. Aliás, esse verbo já não é suportado por ninguém.
É de notar também que antigamente palavras como stress, depressão e outras mais não tinham tanto relevo como agora. Mas toda essa mudança, essa industrialização e essa nova concepção do mundo tem a ver com a própria cultura da globalização e da industrialização do mundo em que vivemos.
É preciso, sim, que saibamos organizar o nosso tempo de uma forma eficaz para que possamos aproveitalos com coisas úteis para connosco e para o nosso próximo. Essa correria é uma corrida contra o relógio, pois "o tempo constitui uma categoria objectivado da vida do Homem", palavras do sociólogo Émile Durkheim. No que diz respeito ao tempo passado, o melhor a fazer é recordar as coisas boas e esquecer aquilo que se recordado só traz mágoas. Quanto ao tempo presente aproveitar e saborear cada segundo e minuto da melhor forma é um dos requisitos para alcançar um bem supremo e universal que é a felicidade.

terça-feira, 12 de junho de 2012

GÉNEROS MUSICAIS DE CABO VERDE


Como géneros genuinamente cabo-verdianos pode-se mencionar o batuque, o colá, a coladeira, o funaná, a morna, a tabanca. Outros géneros musicais não são originários de Cabo Verde, mas ganharam características próprias, como o lundum, a mazurca, a valsa.

 Ao longo da história da música de Cabo Verde, certas conjecturas sociais e/ou fenómenos de moda fizeram com que alguns géneros de Cabo Verde sofressem influência de géneros estrangeiros, ou então, por uma questão de gosto ou de moda, certos géneros são interpretados inalterados, como a bossa nova, a cúmbia, o hip-hop, o reggae, a rumba, o samba, o zouk, entre outras.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

E O POBRE CADA VEZ FICA MAIS POBRE!


A mais nova ministra de Cabo-Verde, Janira Hopffer Almada Pereira, foi acusada pelo segundo maior partido cabo-verdiano, partido de oposição, por acto de nepotismo por nomear o seu recém-marido, Carlos Pereira, como administrador geral da INPS, instituição essa que está sob a sua tutela.
Casal Pereira

Janira talvez tomou uma atitude do tipo: o marido é meu e na instituição eu é que mando”. Mas acções dessas são comuns no nosso dia-a-dia politico, é só reparar que os maiores gestores ou “donos” das maiores instituições do país são todos uma família de sangue ou pelo simples facto de ser amigo.
Um caso parecido tem a ver com o facto dos tão famosos “apadrinhamento” que se verifica nas candidaturas tanto para vagas como empregos. Quem tem algum conhecido dentro de uma organização tem 50% de possibilidade (para não dizer mais) de ser seleccionado do que um “Zé-ninguém”.
Daí que dizer que pobre cada vez fica mais pobre e rico cada vez fica mais rico é representado literalmente por estas situações. Enquanto uns andam a ganhar quinhentos mil escudos outros se matam para conseguir cinco mil escudos mensais para sustentar a família.
É esta a triste realidade cabo-verdiana, infelizmente!

terça-feira, 5 de junho de 2012

STRELA THUG


A nova onda que está a consumir a sociedade cabo-verdiana e a praiense em particular está a mudar de figura pouco a pouco.

Na minha trajectória diária para a universidade vejo e ouço muitas coisas relacionadas com aquilo que para os mais antigos seria impensável. Ouvi fulano dizer nestes dias que ser thug já não é ser um ser delinquente, com problemas sociais ou outra razão qualquer que estamos acostumados a ouvir, mas sim ser chique ou seja é ter um certo status social pois já têm lugar e espaço nos média sempre que aprontam. Por isso vale ser ‘strela thug’.

Assim sendo, eu também quero ser, não strela pop nem strela thug, até porque através destas galáxias não atinjo um patamar que seja visível. Quero não. Quero sim, ser a gestora do projecto thugmania pois as maiores coisas da vida são feitas no off…depois da revelação serei a rainha de Cabo-Verde.

Brincadeiras…brincadeiras, ideias á parte. Ideias positivas e motivadores que possam levar um bocado de mim a todos os jovens e a sociedade em geral.

Ideias positivas que possam influenciar o comportamento dos ditos Thugs, que possam amar o próximo como a si mesmo.

Ideias positivas que motivam-nos a ver a vida com outros olhos e a incutir nas suas mentes que as acções por elas escolhidas estão muito poucos cotados na sociedade.


MAIS ANESTESIA NOS HOSPITAIS

A questão dos direitos humanos tem suscitado muito debate nestes últimos tempos. Várias são as causas que levam-nos a pensar nessa questão e, particularmente eu, no facto de o governo estar a poupar anestesia com os ditos “thugs”.
Muitas pessoas mostraram-se contra essa medida porque alegam que põe em causa os direitos da personalidade. Se aquando das suas acções de “kasu body” não questionaram o direito das vítimas porque só agora essa questão revelou-se pertinente?
Será que nós não estamos incluídos na categoria daqueles que também possuem direitos a serem respeitados?
Seja como for, eu fiquei um pouco mais aliviada com esta medida pois quem sabe assim eles vão pensar um pouco mais antes de se agredirem mutuamente, pois terão de sofrer mais na hora do ajuste da estrutura corporal.
Sejamos mais responsáveis e pensemos no assunto!

sexta-feira, 1 de junho de 2012

ADEGA DOA ÁGUA ÁS FAMÍLIAS DE MARROCUS


A empresa Adega doou na tarde desta quinta-feira, 31, um barril de água para cada família de Marrocus.

Esta iniciativa partiu do constante problema que a comunidade tem enfrentado com a falta do bem tão precioso que é a água.

Camila Rosa é residente em Marrocus e afirma estar satisfeita com a iniciativa de Adega e realça que a empresa tem dado muita atenção aos problemas da sua zona.

Mais uma vez a Adega demonstrou a sua responsabilidade social para com os seus vizinhos, que enaltecem a sua atitude e reforçam a imagem positiva que têm da empresa.